sábado, 26 de novembro de 2016

Lamentos


Há um constrangedor murmurejar de lamentos,
Convulsivos choros soltos ao vento,
Na solidão encastelada de noites ignotas,
Tangendo às cordas de chorosas notas,

Na imensidão  nostálgica de sussurros secretos,
O sorriso disfarçado de lábios inquietos,
Treme sob o espasmo de infinitas horas,
Daquele que abandonado por si mesmo chora.

Som que disperso no espaço ondeia,
Vai ao encontro da calada lua cheia
E na imensidão estelar se aninha.

Ares neblinados que como véu,
Cobrem de lágrimas o azulado céu,
Pela noite escura caminha.

Denio Reis 

sábado, 19 de novembro de 2016

Promessas


Chuva caindo,
Pontes ruindo,
Rios transbordando,
Vidas desprotegidas lamentando,
Desabrigados de montão,
Já que tudo era pura ilusão,
O que se havia prometido,
Para os desassistidos,
De que uma casa segura teriam,
Pois recursos haveriam,
Embora sempre protelados,
Pelos que sempre prometeram,
Mas que por conveniência esqueceram,
Das tais enganosas promessas,
Sejam aquelas ou sejam essas,
Pois que já mais vingaram
E muito menos chegaram,
Às mãos dos que sempre esperaram
E sempre acreditaram,
Que apesar de tudo,
Ainda resta algo
Chamado esperança.

Denio Reis