A cruz à beira da estrada,
Estigma medonho da fatalidade,
Cravado na madeira já desbotada,
Desse evento perverso da realidade.
De um sonho possivelmente interrompido,
Entre prantos e lágrimas que sobraram,
Sonhos que um dia se desabrocharam
Como um manto colorido.
A cruz impassível e fria,
De fronte ereta e sombria,
Nos faz pensar enquanto gente,
A extensão macabra do acidente.
O caminhante que por ela passa,
Vê com espanto tamanha desgraça,
E num gesto de temor silencia,
Diante da morte com sua ironia.
Denio Reis
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