domingo, 22 de novembro de 2015

Quando a noite vem


A luz do sol não mais invade,
O declinar pachorrento da cativa tarde,
Essa luz que aos poucos vai morrendo,
Atrás das montanhas vai se escondendo.

O céu como um borrão avermelhado,
Cobre às casas e também seus telhados,
Anunciando que à noite está chegando,
Enquanto às aves em seus ninhos vão se ajeitando.

A noite que invade os espaços invade à vida,
Avançando às vezes sem ser percebida,
Em sua investida solitária.

É possível se ouvir ainda que discretamente,
Bois de mugido grave e dolente,
Em meio à escuridão temerária.

Denio Reis

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Beijo Apressado


Deu-se um beijo apressado na acídula boca,
De uma noite taciturna,
Onde fantasma de cabeça oca,
Perambulam por ruas soturnas.

Uma estranha melodia,
Numa noite sonolenta e fria,
Rasga o espaço em breves notas,
Nas orgíacas noites ignotas.

Há contudo menestréis na rua,
Que sob o brilho pálido da lua,
Entoam canções de melancolia.

Mendigos que por má sorte ou incúria,
Tornam-se vítimas da penúria,
Torcem para que à noite se vá e chegue o dia.

Denio Reis.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Poesia inocente



Poesia inocente

Não é um mero jogo de palavras.
É a alma criança do poeta.
É a alma pura do poeta.
Brilho inocente nos olhos do poeta.
Canção de ninar saída do coração do poeta.
Palavras mágicas como de um conto de fadas.
Beleza imaculada de invioláveis sentimentos.
Canto lírico que faz vibrar às cordas sonoras da alma.
Rio de águas  serenas, límpidas e silenciosas.
Cantar de pássaros nas primeiras horas da manhã, do iniciar de um novo dia.
Poesia inocente: Música divina  escondida na alma.

Esta poesia, foi apresentada no dia 29/10/2015,no sarau gotas poéticas da Editora Assis,com o tema:poesia inocente.
Sinto-me honrado por ter participado desse memorável evento, na condição de um dos poetas da noite.

Denio Reis.