Meus olhos nos teus,
Teus olhos nos meus,
Misteriosa empatia,
Secreta harmonia.
Teus olhos nos meus,
Meus olhos nos teus,
Reciprocidade,
Autenticidade.
Meus olhos nos teus,
Teus olhos nos meus,
Cumplicidade,
Lealdade.
Teus olhos nos meus,
Meus olhos nos teus,
Parceria,
Alegria.
Meus olhos nos teus,
Teus olhos nos meus,
Aventura,
Procura.
Denio Reis
As estrelas virão velar-te o sono,
Quando na tristeza do seu abandono,
À noite cair silente
E a solidão restar somente.
A lua beijar-te-á por certo,
O consolo da esperança estará por perto,
Uma mão amiga repousará em seu ombro
E para longe de ti fugirá o assombro.
Mesmo que por ti passem zombando,
Bocas de escárnio ironizando,
Contigo estará o perdão.
Sozinha você nunca estará,
Pois Intimamente você sempre ouvirá,
A voz sensata do seu coração
Denio Reis
O gênio nunca morre.
Simplesmente voa,
Em direção à sublimidade
Da essência etérea.
Vai habitar entre os mais elevados astros,
Tão alvos quanto à alvura dos alabastros,
No eflúvio das coisas puras.
O gênio não nasce.
Ele surge em meio aos mistérios
Das coisas inesperadas,
Indiferente ao tempo,
Às circunstâncias,
Rompendo às barreiras das limitações,
Por um ato de pura genialidade.
O seu tempo de vida é o tempo
Exato das suas realizações.
Refiro-me à todos os gênios,
E em particular à Mozart,
Que voou para encontrar-se
Com sua essência etérea,
Num dia chuvoso, em 5 de dezembro de 1791.
Denio Reis
Tentei parar o tempo,
Pois tive medo de envelhecer,
Foi quando olhei para trás
E pude perceber,
Que tudo havia passado tão depressa,
Que na minha pressa de envelhecer,
Não cumpri muitas promessas,
Mas também não sei por que.
Só sei que sempre tive pressa,
No meu jeito de correr,
Talvez para não perceber,
Que nem sempre é bom envelhecer
Quando se tem tanta pressa.
Denio Reis