domingo, 12 de janeiro de 2020
Memória
Contemplo as paredes desbotadas,
Vejo-me nessa nostálgica lembrança,
De tantas recordações desenterradas,
Que a minha visão agora alcança.
Naquela casa eu nasci,
Naquela casa eu cresci,
Mas naquela casa eu também morri,
Quando um dia dela ausentei-me.
Fui para lugares distantes,
Lugares pouco aconchegantes,
Lugares de rostos estranhos,
Que não faziam parte dos meus sonhos.
Olho para às paredes trincadas,
Com cores esmaecidas,
Mas que são sempre revividas,
Mesmo após tantas décadas passadas.
A gente parte e as vezes esquece,
Talvez por resistir à tantas lembranças,
Sabe-se que por muitas andanças,
A Saudade também padece.
Denio Reis
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