terça-feira, 16 de junho de 2020
Perfumes da noite
Na noite há sempre um clamor,
De vozes que nunca se calam,
Talvez seja essa a grande dor,
Que os perfumes da noite exalam.
Mágoas suspiradas,suspiradas mágoas,
Como o ruído turvo das águas,
Que mesmo assim correm velozes,
Atrás de veladas e sussurradas vozes.
No espaço palpitando,
Ouvem-se nebulosos sons de ciúmes,
Deixando vazar doloridos queixumes,
Mas que aos poucos vão se resignando.
Já no brilho de estrelas pulsantes,
Tão fluorescentes quanto brilhantes,
Há um silêncio sideral de comunhão,
Onde é proibido se falar de solidão.
Denio Reis
OBS: Poema premiado em primeiro lugar no concurso Literário Prêmio Poesia agora-Outono 2020,
da Editora Trevo,SP.
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