sábado, 23 de junho de 2018

Lira Silenciosa



Não ouço mais a sua voz.
Já não sei se no seu silêncio,
Falas contigo mesma.
Só sei que não te ouço mais,
Pois o silêncio sepultou os seus acordes,
Ainda sim tu podes,
Vibrar em noites tristonhas.
O som que de ti se ouvia,
Era o que melhor existia,
No reduto de solitários corações.
Estás calada lira fremente
E deixada de lado tu te sentes,
Tão desprezada.
No seu silêncio compulsório,
Contemplas ainda   que vagamente,
Á sonoridade da sua essência,
Ainda que na sua transitória existência,
Isso tornou-se notório.

Denio Reis
 

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