domingo, 26 de agosto de 2018

Natividade para sempre


Natividade foi a minha segunda morada,
Áureos tempos de minhas jornadas,
Parada obrigatória que já mais se esquece
E mesmo que estejamos tão distantes,
Ela permanece.

Tempos de juventude que não caíram no esquecimento,
Passados entre amigos e companheiros,
Que me foram sempre verdadeiros,
Como prova de um benévolo sentimento.

A vida seguiu por caminhos jamais pensados
E por acontecimentos inesperados,
Mas que me trouxeram inovadoras experiências,
Nas minhas andanças e vivências.

Consigo lembrar-me de alguns acontecimentos,
Tão marcantes que esses momentos,
Perpetuaram-se nas minhas recordações,
Trazendo-me de pronto renovadas emoções.

A sessão das seis aos domingos no cinema,
Era aquele momento tão esperado
E porque não dizer o mais desejado
E portanto lembrar vale a pena.

Paqueras explícitas e dissimuladas,
Corriam soltas no meio da moçada,
Mesmo entre simples olhares inocentes
E sorrisos sinceros e comoventes.

Naquele tempo não existia asfalto,
Paralelepípedos era o ponto alto,
Escorregadios em tempos chuvosos,
Mas presentes na memória dos  saudosos.

Sete de setembro o desfile patriótico,
Cheio de tanta beleza e com vislumbre apoteótico,
Numa avenida cheia de gente,
Felizes da vida e contentes.

Natividade continua entusiasta,
Intensamente comemorativa,
Nunca deixou de ser uma cidade festiva
E isto é o que basta.

Denio Reis







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