terça-feira, 3 de dezembro de 2019
Mozart não Morreu
Mozart continua bem vivo na memória,
Dos gênios já mais se esquece,
A sua obra eternamente permanece
E se perpetua através da história.
Mozart continua presente,
Nas suas obras geniais,
Dele não se pode esquecer jamais,
Mesmo ele estando ausente.
Ausentou-se num dia chuvoso e triste,
Numa fria madrugada de dezembro,
Dos registros históricos que tanto me lembro,
Ao tempo bravamente resiste.
Do funeral restou apenas o réquiem doloroso,
Baixado por uma cinzenta e pesada neblina,
Num choro fundo e lacrimoso,
Fechou-se a última cortina.
Perplexos semblantes estampados,
Mostravam a perda irreparável daquele momento,
Que nunca permaneceu no esquecimento,
De tantos inconformados.
Esse ser genial foi embora,
Mas a sua obra ficou como legado,
O melhor dele deve ser sempre lembrado,
Como se tudo estivesse acontecendo agora.
Denio Reis
domingo, 6 de outubro de 2019
Caminhar sem rumo
Ele tomou uma decisão:vou caminhar sem rumo por esse mundão afora.
Colocou a mochila nas costas com o necessário,e partiu rumo ao desconhecido.
Após caminhar por incontáveis horas e dias, deparou-se com três setas indicativas,
que apontavam para direita, esquerda, ou seguir em frente.Parou e pensou: Irei pela direita.
Andou por vários dias e horas,mas não chegou à lugar algum.Recuou e tomou a direção da esquerda.
Andou exaustivamente e como anteriormente,não chegou à lugar algum.Por fim,resolveu tomar a
direção que indicava caminhar para frente. Também, não resultou em nada.Frustrado,desanimado e
desencorajado,sentou-se a beira do caminho,e começou a refletir profundamente tomando a seguinte
decisão:vou retornar. Foi a decisão mais acertada,já que o receberam com festa,sendo as mesmas pessoas que não queriam que ele partisse.
Autor: Denio Reis
domingo, 1 de setembro de 2019
Angústia
A angústia é como um dardo certeiro,
Dirigido diretamente à alma,
Atinge ela por inteiro,
Mesmo em momentos de aparente calma.
Perturba o nosso modo de agir,
Bem como o de pensar,
Não deixa o bom humor fluir,
Na realidade o que faz é transtornar.
Tira-nos o ânimo e a disposição,
Leva-nos para lugares desconhecidos,
É um pré-requisito para depressão,
Quando estamos desassistidos.
Angústia é doença dos sentimentos,
Não escolhe cara e nem e status social,
Começa pelos pensamentos,
Fazendo na alma o seu estrago final.
Quando te encontrares angustiado,
Abra um sorriso para a vida,
Não permita que essa alma tão ressentida,
Deixe todo corpo amofinado.
Denio Reis
segunda-feira, 26 de agosto de 2019
Na memória do tempo
Natividade do desfile de sete de setembro,
Em memória do saudoso ginásio Natividade,
Momentos de uma inesquecível festividade,
Que eu sempre me lembro.
Garbosos estudantes em uniformes alvadios,
Em sinergia com a banda marcial,
Cornetas num toque triunfal,
De causar arrepios.
Com passos firmes e alinhados,
Fronte ereta e olhares atentos,
Estudantes e instrumentos,
Desfilavam sob olhares compenetrados.
Tênis de alvura imaculada,
Batiam firmes no calçamento polido,
Nitidamente ouvia-se o ruído,
Dessa saudosa parada.
Esse filme continua passando em nossa mente,
Uma Marca indelével em nossa existência,
Natividade com a sua permanência,
Mexe com a memória da gente.
Denio Reis
sábado, 24 de agosto de 2019
A saudade nunca faltou
Vim ao mundo entre montanhas,
Subi e desci acidentados montes,
Vi de perto alvissareiros horizontes,
De possibilidades tamanhas.
Corri por estradas poeirentas,
Por ruas lamacentas,
Que pareciam não ter fim,
Deixando profundas marcas em mim.
Estradas asfaltadas pontuaram um novo cenário,
Mas que em nosso imaginário,
As lembranças nunca faltaram,
Em quem com saudades sempre recordou.
Mas o asfalto chegou
E a paisagem de pronto mudou,
Das estradas antigas pouco restou,
Junto com a saudade que nunca faltou.
Ourânia,Querendo e Natividade,
Quem não sente saudade,
È porque já morreu,
Ou tamanha experiencia ainda não viveu.
Denio Reis
Fazenda Macuco
O carro de bois fiel expressão,
Retrato de tempos idos,
De tantos embates vencidos,
Com fé no coração.
Fazenda onde o café foi ouro,
Secado ao sol livremente,
Fato esse imorredouro,
Que nunca saiu da mente.
É salutar pensar e reviver,
Ainda que passadas tantas primaveras,
De muitas e inesquecíveis eras,
Que sempre nos fazem renascer.
Maravilhoso é voltar a esse tempo passado,
Que no pensamento está sempre guardado,
Da fazenda Macuco perenizada
E carinhosamente lembrada.
A sede inabalavelmente incrustada,
Entre montanhas altaneiras,
Que sempre foram companheiras,
De tantas jornadas.
Despedimos da vida,
Mas Macuco permanece,
Parece que jamais envelhece,
Pois nunca deixou de dar guarida.
Denio Reis
Natividade
Rota da felicidade,
Cidade acolhedora,
Sorriso aberto,
Destino Certo,
Vocação de educadora.
Plantada entre montanhas,
Florescestes em um vale fecundado,
Por um povo abnegado
E de esperança tamanha,
Que não se pode mensurar.
Nem o tempo consegue apagar as suas lembranças,
Sete de setembro o seu exemplo primeiro,
Não tão menos verdadeiro,
Sempre aconchegando os seus filhos ausentes,
Mas que nunca deixaram de estar presentes,
Nessa data imorredoura.
Natividade é a mãe que abriga,
Em seu colo maternal,
No seu dia à dia vivencial,
Como Verdadeira amiga.
Denio Reis
domingo, 12 de maio de 2019
Voltar
A origem é o nosso ponto de partida,
Alimentando a expectativa de um dia voltar,
Na vida há sempre o momento da despedida,
Mas na esperança de um dia retornar.
Quando o coração anseia pelo desejo de voltar,
É porque as lembranças revolveram coisas do passado,
Algo que na verdade não estava enterrado
E agora vive a aurora do seu despertar.
Não voltar as origens,
É morrer aos poucos a cada instante,
É querer manter o passado mais distante,
Sem dele ao menos se lembrar.
Reencontrar com as origens,
É trazer o passado para o presente,
Não se sentindo ausente,
Do lugar onde tudo começou.
Rever pessoas queridas,
Cuja lembrança o tempo não apagou,
Mas ao contrário, só despertou,
O desejo de vê-las em vida.
O tempo pode ser o nosso aliado,
Ao retornar onde tudo começou,
Com os sonhos que cada um sonhou,
Mesmo estando acordado.
Jamais devemos cantar a canção do exilado,
Enquanto a origem do nosso passado,
Permanecer viva na lembrança,
Dos nossos bons tempos de criança.
Denio Reis
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