segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Na memória do tempo



Natividade do desfile de sete de setembro,
Em memória do saudoso ginásio Natividade,
Momentos de uma inesquecível festividade,
Que eu sempre me lembro.

Garbosos estudantes em uniformes alvadios,
Em sinergia com a banda marcial,
Cornetas num toque triunfal,
De causar arrepios.

Com passos firmes e alinhados,
Fronte ereta e olhares atentos,
Estudantes e instrumentos,
Desfilavam sob olhares compenetrados.

Tênis de alvura imaculada,
Batiam firmes no calçamento polido,
Nitidamente ouvia-se o ruído,
Dessa saudosa parada.

Esse filme continua passando em nossa mente,
Uma Marca indelével em nossa existência,
Natividade com a sua permanência,
Mexe com a memória da gente.

Denio Reis

sábado, 24 de agosto de 2019

A saudade nunca faltou


Vim ao mundo entre montanhas,
Subi e desci acidentados montes,
Vi de perto alvissareiros horizontes,
De possibilidades tamanhas.

Corri por estradas poeirentas,
Por ruas lamacentas,
Que pareciam não ter fim,
Deixando profundas marcas em mim.

Estradas asfaltadas pontuaram um novo cenário,
Mas que em nosso imaginário,
As lembranças nunca faltaram,
Em quem com saudades sempre recordou.

Mas o asfalto chegou
E a paisagem de pronto mudou,
Das estradas antigas pouco restou,
Junto com a saudade que nunca faltou.

Ourânia,Querendo e Natividade,
Quem não sente saudade,
È porque já morreu,
Ou tamanha experiencia ainda não viveu.

Denio Reis

Fazenda Macuco


O carro de bois fiel expressão,
Retrato de tempos idos,
De tantos embates vencidos,
Com fé no coração.

Fazenda onde o café foi ouro,
Secado ao sol livremente,
Fato esse imorredouro,
Que nunca saiu da mente.

É salutar pensar e reviver,
Ainda que passadas tantas primaveras,
De muitas e inesquecíveis eras,
Que sempre nos fazem renascer.

Maravilhoso é voltar a esse tempo passado,
Que no pensamento está sempre guardado,
Da fazenda Macuco perenizada
E carinhosamente lembrada.

A sede inabalavelmente incrustada,
Entre montanhas altaneiras,
Que sempre foram companheiras,
De tantas jornadas.

Despedimos da vida,
Mas Macuco permanece,
Parece que jamais envelhece,
Pois nunca deixou de dar guarida.

Denio Reis

Natividade



Rota da felicidade,
Cidade acolhedora,
Sorriso aberto,
Destino Certo,
Vocação de educadora.
Plantada entre montanhas,
Florescestes em um vale fecundado,
Por um povo abnegado
E de esperança tamanha,
Que não se pode mensurar.
Nem o tempo consegue apagar as suas lembranças,
Sete de setembro o seu exemplo primeiro,
Não tão menos verdadeiro,
Sempre aconchegando os seus filhos ausentes,
Mas que nunca deixaram de estar presentes,
Nessa data imorredoura.
Natividade é a mãe que abriga,
Em seu colo maternal,
No seu dia à dia vivencial,
Como Verdadeira amiga.


Denio Reis