quinta-feira, 30 de março de 2017
Lembro-me com saudade
Lembro-me com saudade,
Ainda na condição de adolescente,
Que viver era experimentar intensamente,
As emoções que o futebol nos oferecia,
No alvorecer de cada dia.
Eu e Márcio,meu irmão,
Adeptos que éramos do futebol,
Fosse com chuva ou com sol,
Não resistíamos os apelos do coração
E fazíamos dessa paixão,
Uma saudável diversão.
Isso se deu tanto em Ourânia,
Quanto em Natividade,
Pois vivíamos nessa realidade,
Sem nenhuma frustração.
Em Ourânia, rua de baixo e rua de cima,
Era à tônica das disputas acirradas,
Mas sem que a lealdade fosse negligenciada,
Embora a rivalidade fosse notória.
Em Natividade,às partidas no morro do pito,
Nunca foram ganhas no grito,
Fosse quem fosse o adversário.
Márcio meu irmão,era sempre o protagonista,
Um autêntico malabarista
Quando tinha à bola nos pés.
Eu,um mero coadjuvante,
Por ser talvez inconstante,
Quando convidado a participar.
No time do NAC,
Também fizemos história,
Fato esse gravado na memória
E que vale apena recordar.
No time do Colégio Natividade,
Diferente não foi a realidade,
Pois obcecados que éramos pela vitória,
Não se admitia nem de longe empatar.
Tínhamos um time de espírito aguerrido,
Em todas ocasiões bem recebido,
Por entusiasmados torcedores,
Que nem o mal tempo lhes causava dissabores,
Quando torciam pelo ginásio Natividade.
Indo em busca das nossas lembranças,
Elas acabam nos alcançando,
Mas sempre nos colocando,
Em contato com a nossa realidade,
Mesmo aquela ancorada no passado,
Como Ourânia e Natividade.
Denio Reis
terça-feira, 28 de março de 2017
Pedra do pão de açúcar
Montanha rochosa,
Que na sua aristocrática elegância,
Ergue-te poderosa,
Podendo ser vista mesmo à distância.
Cercada que és por outras montanhas
E pelo esplendor que sempre te acompanha,
Interages com o verde que te cobre,
Tornando-te mais bela e nobre.
A Criação foi -lhe generosa,
Considerando que és grande e majestosa,
Impassível e guardiã atenta,
Da própria natureza que te alimenta.
O céu é o seu limite protetor,
Refletindo a luz do seu fulgor,
Ao cobrir-lhe a cúpula insinuante,
Que parece tão perto e ao mesmo tempo tão distante.
Tu és uma pedra que se tornou pão,
Pão de pedra e açúcar que ao tempo resistiu,
Quem pôde vê-la ,mas ainda não viu,
Jamais experimentou tamanha emoção.
Parece que tocas o céu,
Que desce á ti como um véu,
Com seu manto suave e leve,
Numa visão extemporânea e breve.
Ourânia é privilegiada
E por ser também amada,
Exibe esse espetáculo da natureza,
Com requinte e igual beleza.
Denio Reis
segunda-feira, 27 de março de 2017
Deslizando por sobre as pedras
O murmurejar da água serena,
A brisa suave e amena,
A correnteza deslizando por sobre pedras polidas,
Trazem pulsações de vida.
Essa sinfonia eterna,
É a mais doce e terna,
Das sublimes sinfonias,
Que até de longe se ouvia.
Cachoeira de porte elegante,
Que no seu deslizar constante,
Emoldura a natureza
E nos leva a sonhar com certeza.
Essa é a cachoeira de João Fernandes,
Localizada em Natividade,
Que faz com que dela sintamos saudades,
Quando dela nos lembramos.
Marca Indelével da sua permanência,
O moinho desativado à sua margem,
Não estamos falando de nenhuma miragem,
Mas de algo concreto em sua longa existência.
Cachoeira de muitas histórias,
Sempre teve os seus momentos de glória,
Seja no passado ou no presente,
Porque faz parte da história de muita gente.
Sua águas jamais secarão,
Pois não correm soltas na contramão,
Já que a natureza está a seu favor,
Faça frio ou calor.
Denio Reis
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