quarta-feira, 31 de dezembro de 2014




O velho rio que morre

Descendo encostas acidentadas,
Em caminhos descontinuados,
Tortuosos e escarpados,
O velho rio segue cantando.

Da nascente até o vale,
Tudo é beleza e encantamento,
Um verdadeiro deslumbramento
De uma vitalidade intocada.

Ao passar pela cidade,
Inicia a sua agonia,
Uma sinistra sinfonia
De chocante realidade.

O esgoto à céu aberto
Verte em seu leito sombrio,
A podridão que se vê de perto,
E que faz perecer o rio.

Mais a frente o assoreamento,
Escavando em detrimento,
Da margem desprotegida,
Da margem desfavorecida,
Que vai desaparecendo.

As lavadeiras já não cantam,
Pois estão cabisbaixas e silenciosas,
E profundamente ansiosas,
Com o destino do velho rio,
Que está preso por um fio,
Um fio de esperança.


Denio Reis

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

No declinar da tarde


Repercute o canto triste da seriema,
Na campina erma e bem distante,
Onde se vê a tênue linha do horizonte
Como emoldurado emblema.

A noite sorrateiramente avança,
Cedendo espaço aos inquietos pirilampos
Que na escuridão silenciosa dos campos,
Piscam numa misteriosa dança.

Da varanda da casa se descobre
Um esmaecido luar minguante,
Que nada tem de aconchegante
Na densa sombra que o envolve.

O coaxar de rãs e sapos barulhentos,
Ecoa para bem distante da lagoa,
Trazido pelo leve sussurrar do vento
Quando a sua canção entoa.


            Denio Reis

sábado, 27 de dezembro de 2014

O Cego


Um cego mendigava junto ao caminho,
O caminho em que JESUS passava,
E por isso ele suplicava,
Em meio a multidão,
Apesar de estar sozinho,
Naquela solidão.

JESUS filho de Davi!
È o que dele se escutava,
Pois Insistentemente ele implorava:
Tem compaixão de mim.

Homens de coração empedernido,
Mandavam que ele se calasse,
E não incomodasse
O mestre compadecido.

Quanto mais eles pediam
Mais o homem então gritava,
Mais o homem suplicava
Pelo milagre de JESUS.

JESUS cheio de compaxão
Mandou que lho trouxessem,
E logo foi perguntando:
Que queres que te faça?
Que eu veja senhor!
JESUS então respondeu:
Faça segundo a sua fé,
Foi o que respondeu
O homem de Nazaré.

        Denio Reis

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Um testemunho de fé e paciência


Ele foi levado ao sofrimento,
Testado até no pensamento
Para ver se fraquejava,
Para ver se blasfemava,
Antes de morrer.

Porém se manteve firme,
Fiel ao seu criador,
A quem sempre deu louvor,
Mesmo nas adversidades.

Perdera tudo que tinha,
Pois já não lhe restava nada,
A não ser a sua fé
Num DEUS redentor,
Num DEUS criador,
Soberano e forte,
Maior do que a própria morte.
Maior do que os nossos problemas,
Maior do que os nossos dilemas,
Um DEUS  verdadeiro,
Um DEUS Companheiro,
O mesmo DEUS amoroso,
Do homem  chamado Jó.

      Denio Reis

Esperança

Quando nuvens negras e ameaçadoras
Cobrirem o céu da sua vida, 
Acredite, ainda há flores coloridas,
E palavras doces e consoladoras.
Quando pensares que nada mais vale a pena, 
Sinta no rosto a aragem suave e amena 
Da esperança que sempre nos fortalece,
E aos frágeis corações,aquece.

          Denio Reis

Amar

Quem ama se doa.
Perdoa, se perdoa
E se entrega.
Coloca o amor
Acima dos seus
Próprios interesses.
Caminha junto,
Soma para dividir
E se divide.
Sacrifica pelos outros,
Esquecendo-se de si mesmo.
Carrega sua cruz
E a dos outros.
Põe o fardo dos outros
Sobre os seus próprios ombros,
E os carrega para onde for necessário.
Quem ama vai além
Das suas possibilidades,
Para tornar possível
A vida dos outros.

         Denio Reis

Antítese

Somos duas antíteses
Que se atraem.
Em nossas diferenças
Nos igualamos.
Sendo iguais
Não nos tornamos diferentes.
Você me envolve
E me absorve,
Com as suas diferenças.
Em nossas diferenças
Nos disponibilizamos,
Nos achegamos,
Nos envolvemos,
E caminhamos juntos.
Assemelhamo-nos em nossas diferenças,
Mas não somos diferentes quando iguais,
Mas buscamos ser diferentes ainda mais,
Para nos tornarmos sempre iguais.

                       Denio  Reis

Somos como as folhas

Folhas caídas 
São folhas esquecidas.
Folhas amassadas
São como folhas abandonadas.
Folhas pisadas
São como folhas desprezadas.
Folhas enegrecidas
São folhas que perderam vida.
Folhas amareladas
São folhas que foram morrendo aos poucos.
Folhas silenciosas
São folhas com cheiro de morte.
Folhas Barulhentas
São folhas cheias de vida,
Já que a vida,não tem cheiro de morte;
E nem tão pouco a morte, 
tem cheiro de vida.
Denio Reis.

 Folhas caídas 
São folhas esquecidas.
Folhas amassadas
São como folhas abandonadas.
Folhas pisadas
São como folhas desprezadas.
Folhas enegrecidas
São folhas que perderam vida.
Folhas amareladas
São folhas que foram morrendo aos poucos.
Folhas silenciosas
São folhas com cheiro de morte.
Folhas Barulhentas
São folhas cheias de vida,
Já que a vida,não tem cheiro de morte;
E nem tão pouco a morte, 
tem cheiro de vida.
Denio Reis.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Numa Humilde Manjedoura


Numa humilde mas sublime estrebaria,
Nasceu aquele que um dia,
Seria o nosso mestre e salvador,
Jesus Cristo,o Senhor.

Naquela rude mas gloriosa manjedoura
Foi nos dada a esperança imorredoura,
Que em Cristo nós podemos confiar,
E dele, o melhor esperar.

O Natal transcende a mais faustosa das ceias,
Já,que  é, a mais importante data para quem anseia,
Ter um encontro real com Cristo Jesus,
Que é o caminho,a verdade e a luz.

Experimente fazer do seu Natal
Um solene memorial,
Em que Jesus possa ser sempre lembrado,
E verdadeiramente adorado.

Tu,Belém efrata,
Isenta de qualquer bravata,
Ofereceste-nos Jesus,o nosso abrigo,
E esse o mais sincero dos amigos.


               Denio Reis

sábado, 20 de dezembro de 2014

Por onde passei



Passando por vales ondulados
Ou avistando ao longe as campinas,
Vejo no céu pássaros coloridos,
E de igual modo,aves de rapina.

Passando pelos campos às margens da estrada,
Contemplo o rodopio de árvores verdejantes,
Frondosos caules flutuantes
Com sua fronte empinada.

Passando por míseros casebres envelhecidos,
Por solos rachados e empobrecidos
Ouço o choro de crianças desvalidas
E cruelmente esquecidas.

           Denio Reis 

Caminhada de fé


Ele saiu da sua terra
Para uma longa caminhada,
Numa íngreme jornada
Movido pela fé.

Era comprida a sua jornada
Só não maior que a sua crença,
Tão intensa,
Quanto o seu acreditar,
Em algo tão grandioso
Que não podia imaginar.

Uma terra abundante,
De alimentos e igual riqueza,
Depois do deserto escaldante
Um oásis de beleza.

Era a Canaã prometida,
Era a Canaã das quimeras,
A Canaã das primaveras,
A Canaã já mais esquecida.

              Denio Reis
       

sábado, 13 de dezembro de 2014

O Amor




Quem ama padece,
As vezes  enlouquece,
Quando possível não seja
Amar a quem se deseja.

O amor  não se limita,
Não se define,
Por si mesmo se exprime
Quando se alimenta.

O amor não é preconceituoso,
Muito menos egoista,
È verdadeiramente altruista
E vitorioso.

Soma,mais depois se divide.
Jamais agride,
Chora e ao mesmo tempo consola,
E se entrega.

Não causa sofrimento,
Porém, sofre pelos outros,
Mesmo que os outros
Sejam o seu próprio sofrimento.

Autor: Denio Reis

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

A Vela



Uma vela lívida e oscilante,
Mortiça e delirante
Tremeluz ao vento.

A sua chama vacilante,
Pálida e atemorizada,
Cria funéreos fantasmas errantes
Quando fustigada.

A luz que arde em seu pavio
È um costante desafio,
A suave força da brisa,
Que por cima dela desliza.

Assim,a luz da vela vai se consumindo,
Resina e aroma se fundindo
Num ritual que incansavelmente se repete,
Equanto a vela aos poucos se derrete.

A vida é assim como a vela
Cujas chamas vai aos poucos se apagando,
E tão depressa definhando
No frágil sopro qua ainda resta nela.

 Autor:  Denio Reis 

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Natal

Jesus deseja nascer em cada coração,
Operar em nossa vida uma transformação,
Nascer em nós,a cada dia,
Fazendo de nossa vida uma eterna alegria.


O Natal de Cristo Jesus 
Pode ser de muita luz,
Quando nós assim o desejarmos,
E cada dia,dele nos lembrarmos


Dênio Reis

O Vento


Um Vento uivante
Corta o horizonte.
Levanta poeira,
Intimida,
Destrói,
Corrói,
Apavora,
Desola,
Assola,
Violenta,
Rodopia,
Devasta,
Arrasta,
E se afasta.

Autor: Dênio Reis