segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
No declinar da tarde
Repercute o canto triste da seriema,
Na campina erma e bem distante,
Onde se vê a tênue linha do horizonte
Como emoldurado emblema.
A noite sorrateiramente avança,
Cedendo espaço aos inquietos pirilampos
Que na escuridão silenciosa dos campos,
Piscam numa misteriosa dança.
Da varanda da casa se descobre
Um esmaecido luar minguante,
Que nada tem de aconchegante
Na densa sombra que o envolve.
O coaxar de rãs e sapos barulhentos,
Ecoa para bem distante da lagoa,
Trazido pelo leve sussurrar do vento
Quando a sua canção entoa.
Denio Reis
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