domingo, 6 de setembro de 2020

Maria Leopoldina

Inesquecível imperatriz regente,

Assinou com mão forte,

A declaração que deu suporte,

Para um país independente.

 

Foi decisiva ao assinar o decreto,

Pois D.Pedro estava ausente,

Mas a imperatriz regente,

Fez o que era certo.

 

Corajosa e determinada,

Persuadiu ao marido Imperador,

Dar o grito sem nenhum temor,

Independência ou morte!

 

Devemos o 7 de setembro  à essa mulher,

Para muitos ainda desconhecida,

Mas foi verdadeiramente destemida.

Sem hesitar um minuto sequer.

 

Que o 7 de setembro tão festejado,

Não seja uma mera comemoração,

Porém, uma majestosa celebração,

Para quem deixou-nos esse legado.

 

Maria Leopoldina a Imperatriz,

Também chamada mãe do Brasil,

Que numa visão realista sempre viu,

Que ser independente o povo sempre quis.

 

Denio Reis

domingo, 19 de julho de 2020

Sempre será melhor


O que passou,passou,
O que era para ficar ficou,
Mesmo numa memória  adormecida,
Pois assim é a vida.

Viver é por certo,
Uma batalha permanente,
Mas faz com que a gente,
Cresça,mesmo em pleno deserto.

Olhar para frente é um imperativo,
Os nossos sonhos estão onde a vista alcança,
Se a vida é vivida com esperança,
Ela se torna o nosso distintivo.

O dia seguinte não precisa ser pior,
Se olharmos com uma visão transparente,
Deixando em nós uma certeza permanente,
Que o que está para vir sempre será melhor.


Denio Reis

domingo, 5 de julho de 2020

O orgulho precede a queda.



Chamava-se Nabucodonosor,
Seu reino era imenso,
De igual modo tão intenso,
Que não cabia em si mesmo tanto esplendor.

Julgava -se o senhor do mundo,
Não admitia outro igual,
O orgulho que gerava tanto mal,
Levou-o também para o fundo.

Vivia cercado de luxo e luxúria,
Não se preocupava com a sua reputação,
Era o senhor do reino da ostentação
E da canalhada espúria.

Não temia à ninguém e muito menos o Deus da criação,
Cercado de bajuladores vivia suntuosamente,
Esqueceu-se que o mesmo Deus que é paciente,
Também  pesa a sua mão.

Por não reconhecer que o poder de Deus era maior do que o seu,
Foi tirado dentre os homens repentinamente
E ao se tornar uma pessoa demente,
Foi comer erva com os bois enquanto assim permaneceu.

Babilônia nunca será esquecida,
Mas de forma alguma reconstruída,
Pois desafiou o Deus todo poderoso,
Que está vestido de toda glória em seu trono majestoso.

OBS: O título do poema,foi extraído do livro de provérbios,capítulo 16,versículo 18.


Denio Reis



quinta-feira, 25 de junho de 2020

Partida


O coche que te conduziu todo enfeitado,
De flamívomos ardentes e perfumados,
Seguiu por costumeiros e imorredouros caminhos,
Entre flores e também espinhos.

Esse cortejo ornamental,
Que tinha algo de sideral,
Incontidamente avançou,
Para o lugar em que tudo terminou.

O silêncio agora era interminável,
Maior do que todos os silêncios existentes,
Tal silêncio por se tornar tão evidente,
Tornou-se também abominável.

Os soluços não puderam ser contidos,
Até de longe eram ouvidos,
Insinuando-se entre a estarrecida multidão,
Diante de tamanha comoção.

A imperatriz partiu com os seus ideais,
Mas o coração com o povo permaneceu,
Ela na verdade não morreu,
Pois a sua falta é sentida cada vez mais.

Denio Reis

terça-feira, 16 de junho de 2020

Perfumes da noite



Na noite há sempre um clamor,
De vozes que nunca se calam,
Talvez seja essa a grande dor,
Que os perfumes da noite exalam.

Mágoas suspiradas,suspiradas mágoas,
Como o ruído turvo das águas,
Que mesmo assim correm velozes,
Atrás de veladas e sussurradas vozes.

No espaço palpitando,
Ouvem-se nebulosos sons de ciúmes,
Deixando vazar doloridos queixumes,
Mas que aos poucos vão se resignando.

Já no brilho de estrelas pulsantes,
Tão fluorescentes quanto brilhantes,
Há um silêncio sideral de comunhão,
Onde é proibido se falar de solidão.

Denio Reis
OBS: Poema premiado  em primeiro lugar no concurso Literário Prêmio Poesia agora-Outono 2020,
da Editora Trevo,SP.

domingo, 7 de junho de 2020

Assassino silencioso.



A mágoa é um assassino silencioso,
Pois mata sorrateiramente,
É mais deletéria para quem à sente,
Já que é fruto de um coração desgostoso,

Irrompe com maior intensidade,
Quando alimentada por tantos ressentimentos,
Não dá sossego um só momento,
Esse inimigo sutil da nossa realidade.

Destrói os mais nobres sentimentos,
Sempre crescendo quando alimentada,
Vê  o mundo com uma visão equivocada,
Nascida dos pensamentos.

A Mágoa  pode se esconder,
No mais profundo do coração,
É aí que você vai perceber,
O seu potencial de destruição.

Não se permitir que raiz de amargura,
Invada o coração,
É também saber que ela não dura,
Aonde existe o perdão.

Denio Reis

quinta-feira, 4 de junho de 2020

Suspirando


O vento passou por mim suspirando,
Que mais parecia um lamento,
Passou tão rápido como que voando,
Nas asas do pensamento.

Não sei se era um suspiro magoado,
Ou mesmo quem sabe de euforia,
Só sei que naquele dia,
O vento estava apressado.

Quem sabe foi tocar o rosto de alguma donzela,
Que na sua paciente espera,
Com tal vento se alegrou.

Foi varrer quem sabe o que de pior existia,
Para quem sabe um dia,
Conservar o que de melhor restou.

Denio Reis

domingo, 10 de maio de 2020

Derrota não se aceita


Derrota não se aceita,
Somente se admite,
Se ela vem e insiste,
Prontamente se rejeita.

Derrota não se acalenta,
Muito menos se festeja,
Mesmo que por perto ela esteja
E sutilmente se apresenta.

Derrota não se corteja,
Muito menos se deseja,
Com ela não há cumplicidade,
Que possa trazer felicidade.

Porém derrota é uma alerta,
Que às vezes se faz necessária,
Mesmo sendo refratária,
A consciência nos desperta.


Denio Reis



segunda-feira, 20 de abril de 2020

Tiradentes


Herói destemido,
Homem de ideal elevado,
Por alguns incompreendido,
Mas por muitos admirado.

Não temeu a própria morte,
Deu a sua vida pela independência,
Mesmo sabendo das consequências,
Não recuou pois era forte.

Celebremos a sua ousadia 
E o seu amor pelo Brasil,
Que era tanto pois jamais desistiu,
De lutar com valentia.

Brasil pátria amada por Tiradentes,
Entre as montanhas de Minas ainda ecoa,
O seu grito que ainda ressoa,
Como um brado dissidente.

Lembremo-nos sempre desse guerreiro,
Que não se deixou intimidar,
Sempre leal e verdadeiro,
Na sua maneira de lutar.

Denio Reis

sábado, 11 de abril de 2020

Relógio da vida


A finitude é o relógio  da vida,
Marca o tempo da nossa existência,
Determina o tempo da nossa permanência,
Antes da nossa partida.

A vida é como um sopro temporal,
Semelhante ao vento que de repente passa,
As vezes deixa um gosto amargo na taça,
Quando nela só se possa sorver o mal.

Os que ficam ainda temporariamente,
Viverão da recordação insistente,
Que rondando sempre estará por perto.

Devemos contar o tempo pela experiência,
Contando dia após  dia com a nossa vivência,
Mas sem nenhuma pressa por certo.

Denio Reis

domingo, 5 de abril de 2020

Mar Revolto


Mar revolto,
Barco à deriva,
Leme solto.

Nuvens carregadas,
Prestes o temporal,
Luta desigual.

O mar se agiganta,
A onda se levanta,
Parece ser o final.

As estrelas se fizeram ausentes,
Enquanto estiveram presentes,
O céu não se recolheu.

O barco continua nas ondas batendo,
Mas aos poucos prevalecendo,
Com a esperança que jamais esmoreceu.

Denio Reis

domingo, 29 de março de 2020

Ele não é invencível.


O anjo da morte passou,
Mas onde existia o sangue de Cristo,
Ele recuou.

Esse sangue continua nos dando cobertura,
Pois certamente nos assegura,
Que estamos debaixo da sua proteção.

O coronavírus nunca foi e jamais será invencível,
Derrotá-lo é perfeitamente possível,
Basta que haja fé no coração.

Deixemos de lado a boataria,
Que dia após dia,
Só nos traz confusão.

Tape os ouvidos para os arautos do pessimismo,
Que até com um certo cinismo,
Fazem da vida um turbilhão.

Denio Reis

quinta-feira, 26 de março de 2020

Comoção


Nesse momento de comoção,
Simbolicamente devemos nos dar às mãos,
Não disseminar notícias  alarmistas
E nem tão pouco pessimistas.

Ouvir mais as autoridades entendidas,
Sobre essa tragédia do momento,
O coronavírus que está trazendo tanto sofrimento,
Irá passar como tudo na vida.

Continuar com os cuidados preventivos,
Nunca é exagero insistir,
Sempre é melhor prevenir,
Do que remediar.

Com fé em Deus o todo poderoso,
Venceremos essa pandemia,
Para nunca esquecer que um dia,
Também  venceu quem foi corajoso.

Denio Reis



domingo, 23 de fevereiro de 2020

Ardente pranto


Ardente pranto em lágrimas choradas,
Descem sulcando silenciosamente,
Com tantas injustiças declaradas,
A própria justiça tornou-se indiferente.

Gritos de socorro não estão sendo mais ouvidos,
Sufocados que são com tamanhã intensidade,
A dureza dos corações é o que se vê na realidade,
Pois os sofrimentos alheios não são mais percebidos.

Passa-se ao longe para não se contemplar,
As mazelas que não se deseja enxergar,
Ainda que estejam cada vez mais presentes.

Mas resta o choro consolador,
Em meio ao sofrimento e a dor,
Dos que se tornaram infelizes indigentes.


Denio Reis

domingo, 16 de fevereiro de 2020

Já não vejo com clareza


Já não vejo com clareza,
As marcas de decididos passos,
Nem tão pouco os abraços,
Que se perderam com certeza.

Não vejo mais tanta alegria,
Como antigamente se via,
Hoje,a tristeza é tão somente,
O infortúnio que se faz presente.

Passo à passo vou seguindo,
Enquanto insisto em continuar sorrindo,
Atrás da esperança que ainda resta.

Embora à vida tenha as suas contradições,
Fragilizando por vezes  as nossas emoções,
Celebremos à vida como sendo o melhor da festa.


Denio Reis

domingo, 12 de janeiro de 2020

Memória


Contemplo as paredes desbotadas,
Vejo-me nessa nostálgica lembrança,
De tantas recordações desenterradas,
Que a minha visão agora alcança.

Naquela casa eu nasci,
Naquela casa eu cresci,
Mas naquela casa eu também morri,
Quando um dia dela ausentei-me.

Fui para lugares distantes, 
Lugares pouco aconchegantes,
Lugares de rostos estranhos,
Que não faziam parte dos meus sonhos.

Olho para às paredes trincadas,
Com cores esmaecidas,
Mas que são sempre revividas,
Mesmo após tantas décadas passadas.

A gente parte e as vezes esquece,
Talvez por resistir à tantas lembranças,
Sabe-se que por muitas andanças,
A Saudade também padece.



Denio Reis